Por Clóvis Gonçalves
Vai
ter Baile de Favela nas finais das Olimpíadas de Tóquio! Neste domingo, Rebeca
Andrade deu show na classificatória da ginástica artística. Encantou ao som do
funk no solo. Voou alto se equiparando a Simone Biles no salto. Mostrou que é
completa. A ginasta de 22 anos conquistou vaga em três finais e vai tentar ser
a primeira brasileira medalhista olímpica na ginástica. Flávia Saraiva brilhou
na trave e avançou à decisão, mas logo depois, no solo, voltou a sentir o
tornozelo lesionado. Depois de duas cirurgias nos joelhos só neste ciclo
olímpico, Rebeca foi exemplo de superação, se equiparando às melhores do mundo
novamente. Finalista do individual geral na Rio 2016, ela se classificou mais
uma vez para a disputa das ginastas mais completas. E passou na segunda
posição, com 57,399 pontos, atrás apenas da americana Simone Biles por 0,332.
Ainda foi a terceira colocada no salto e a quarta no solo.
A
gente treina bastante para dar nosso melhor em poucos minutos, que é o que
duram nossas séries. Nessa coisa de pandemia foi muito complicado. A gente
ficou muito tempo em casa, sabendo que vinha um ano tão importante, tão
esperado. Então estar aqui é uma alegria enorme. Estar aqui com a Flávia. Foi
triste não ter terminado a competição com ela, mas fiquei muito feliz de saber
que ela pegou final do melhor aparelho dela. Sei que ela vai dar 110% dela.
Assim que eu vi ela chorando, eu disse: “Cara, isso é ginástica”. Essas coisas
acontecem, e acontecem para te deixar mais forte. Eu passei por uma dessas três
vezes. Tem que usar isso como uma coisa boa. Não pesar só o lado negativo. Ela
vai ter mais uma semana para se recuperar, para pensar o que quiser. Eu vou
fazer a mesma coisa. É um dia após o outro. Foi um ano muito difícil, e
consegui fazer boas apresentações. Então estou muito feliz – disse a ginasta.
Rebeca
tem a primeira chance de medalha na quinta-feira, às 7h50min (horário de Brasília), na final
do individual geral. A decisão do salto vai ser disputada no próximo domingo, e
a do solo no dia 2 de agosto. Quinta colocada na trave da Rio 2016, Flavinha se
classificou novamente para a final do aparelho. Com uma série muito firme,
arrancou a última vaga. A ginasta machucou o tornozelo direito na última
acrobacia do solo – ela lesionou em maio. Flavinha vai ter tempo para recuperar
o tornozelo. A final da trave é só no dia 3 de agosto, às 5h48 (de Brasília).
(GE)

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